25 de fevereiro de 2015

Como cuidar de um cão órfão?

Cuidar de um cachorro órfão é uma experiência nobre e gratificante. A ligação que irá ocorrer nos primeiros dias, provavelmente durará para o resto da vida. No entanto, os filhotes órfãos são muito frágeis, criá-los requer paciência, persistência e a consciência da necessidade de ultrapassar numerosos e difíceis obstáculos, por isso não fique desapontado se não for bem-sucedido. 




Vários problemas críticos existem quando cuidamos de filhotes órfãos. Entre eles estão o aquecimento, a desidratação e a hipoglicemia. Estes problemas estão inter-relacionados e podem muitas vezes existir simultaneamente. Observação atenta e intervenção imediata ao aparecimento destes sintomas são essenciais para a sobrevivência. É claro, a alimentação correta do filhote órfão é também extremamente importante.


Um cachorro dissipa o calor do seu corpo de uma forma muito mais rápida do que um cão adulto. O filhote recém- nascido depende do calor radiante da sua mãe para o ajudar a manter a temperatura corporal. Na ausência da mãe, vários métodos de fornecimento de calor, tais como incubadoras, lâmpadas de aquecimento, ou bolsas de água quente, podem ser utilizados. A temperatura rectal de um cachorro recém-nascido varia entre 35ºC a 37,2ºC na primeira semana, 36,1ºC a 37,8ºC na segunda e terceira semanas, e alcança a temperatura normal de um adulto, de 37,8ºC a 38,9ºC, na quarta semana. 

A queda da temperatura rectal abaixo dos 34,3ºC, constitui um risco para a vida do animal. Portanto, intervenção imediata é necessária para fornecer o calor que o filhote precisa para sobreviver. Durante os primeiros quatro dias da sua vida, o filhote órfão deve ser mantido em uma temperatura ambiente entre 29,4ºC a 32,2ºC. Esta pode ser gradualmente reduzida para 26,7ºC, entre o sétimo e o décimo dia, e para 22,2ºC até ao fim da quarta semana. Se a ninhada for grande, a temperatura não precisa de ser tão elevada.



A falta de ingestão de líquidos de uma forma regular ou a exposição do cachorro a um ambiente de baixa humidade pode facilmente resultar na sua desidratação. Os sinais de desidratação são a perda de elasticidade da pele e mucosa oral (gengivas) seca. Uma humidade ambiente relativa de 55% a 65% é suficiente para evitar a secagem da pele num cachorro recém-nascido. 

Os sinais de hipoglicemia (diminuição anormal do açúcar no sangue) são: depressão severa, espasmos musculares e, por vezes, convulsões. Se um cachorro mostra estes sintomas, uma solução contendo glicose terá que ser administrada. Algumas gotas de mel sob a língua podem salvar vidas.


A nutrição para os órfãos recém-nascidos deve ser fornecida por um substituto comercial do leite canino até que os filhotes tenham cerca de três semanas de idade. Nessa idade, os filhotes estão prontos para começar a mordiscar alimentos sólidos humedecidos. Quando não se tem um substituto do leite, pode numa situação de emergência, utilizar a seguinte receita caseira: uma chávena de leite de vaca meio gordo, uma colher de sobremesa de mel, uma pitada de sal, três gemas de ovo, misturando tudo uniformemente. Como o recém-nascido pode ter problemas para manter a sua temperatura corporal, o substituto do leite deve ser aquecido entre os 35ºC a 37,8ºC. Teste a temperatura do leite sobre um dos antebraços (como para os bebés). À medida que os filhotes crescem, o leite pode ser administrado à temperatura ambiente. Devem ser efetuadas pelo menos quatro refeições diárias. Seis ou mais mamadas podem ser necessárias se o cachorro é pequeno ou fraco.

A área genital do filhote deve ser estimulada, após a alimentação, com um pano ou bola de algodão húmidos, para desencadear a micção e a defecação. Este procedimento deve efetuar-se durante as primeiras duas semanas. Se não se fizer, corre-se o risco do cachorro ficar obstipado.



Por volta das três semanas, o filhote pode começar a comer comida do prato juntamente com o substituto do leite. A papa pode ser feita por mistura completa de um alimento de cachorro (enlatado ou seco) com o sucedâneo de leite para atingir a consistência de um batido de leite. Às quatro semanas e meia, o filhote órfão pode já consumir alimento sólido humedecido em quantidade suficiente para satisfazer as suas necessidades.

Fisioterapia Veterinária

A fisioterapia veterinária ou fisioterapia animal surgiu inicialmente como uma adaptação de técnicas utilizadas na fisioterapia humana aplicadas principalmente em equinos. Com os anos estas técnicas passaram ser estudadas e utilizadas também em pequenos animais. Atualmente a fisioterapia animal em cães e gatos já está difundida na classe médica, com publicações e trabalhos científicos comprovando a eficácia de suas técnicas, já adaptadas ou especificamente desenvolvidas para estes.
Durante as sessões, podem ser combinados diversos métodos da área médica e da fisioterapia animal, dependendo da patologia (doença) do animal. Muitas vezes, algumas destas técnicas, principalmente de cinesioterapia, são ensinadas aos proprietários, para realização diária de fisioterapia animal nos pacientes
Segue-se uma breve descrição de algumas técnicas de fisioterapia animal frequentemente utilizadas na prática da fisioterapia veterinária.
-Eletroterapia
Aplicação eletroterapia para alívio de dor fisioterapia animal
Aplicação eletroterapia para alívio de dor fisioterapia animal
Uso de correntes elétricas para aliviar a dor ou promover o fortalecimento muscular. Na medicina veterinária utilizamos principalmete as técnicas de TENS e Corrente Interferencial para aliviar a dor nos animais .
No caso de fortalecimento, podemos utilizar FES/NMES e corrente Russa. Estas técnicas tem grande auxílio em perdas de massa muscular, seja por problemas ortopédicos como cirurgias, ou neurológicos como animais com paralisias.


-Cinesioterapia
São alongamentos e exercícios terapêuticos. Essenciais no processo de reabilitação, as técnicas são adaptadas para a fisioterapia veterinária. Os exercícios podem ser ativos, quando o animal executa o movimento, aticos assistidos ou até mesmo passivos, quando o fisioterapeuta faz o movimento. É amplamente te usado em animais com problemas ortopédicos e neurológicos, sendo que podemos usar bolas, pranchas, pistas, cones e outros acessorios para nos ajudar nos exercícios.
Exercícios terapêuticos em cães na fisioterapia animal
Exercícios terapêuticos em cães na fisioterapia animal
-Laserterapia
O Laser tem efeito antinflamatório e analgésico. Promove ainda o aumento do metabolismo celular, e ajuda na cicatrização de feridas e promove a reparação tecidual. Pós operatórios ortopédicos e neurológicos são muito beneficiados pela laserterapia.
Laserterapia em animais
Laserterapia em animais
-Magnetoterapia
Campos magnéticos pulsáteis são muito utilizados na fisioterapia veterinária. Dores agudas e crônicas, artroses e problemas de coluna são os mais beneficiados . Além disso tem efeitos de relaxamento geral e liberação de endorfinas, o que confere sedação e bem estar ao animal durante e após a sessão.
Magnetoterapia na fisioterapia animal
Magnetoterapia na fisioterapia animal
-Ultrassom
O ultrassom, muito conhecido na fisioterapia humana, também pode ser aplicado nos animais . Ele é muito utilizado em pós operatórios ortopédicos , tendo efeitos antiinflamatórios e ajudar na reparação tecidual.  Promove a regeneração dos tecidos e efeitos benéficos em processos inflamatórios articulateres como nas artroses.
-Massoterapia
A aplicação de massagem tem grande uso na fisioterapia animal. O ciclo dor-tensão-dor é uma das grandes indicações das técnicas de massagem, pricipalmente em problemas de coluna, comuns na rotina clínica. A massoterapia resulta em diminuição de tensão muscular e consequente diminuição da dor, quebrando este ciclo.
Massoterapia em cães na fisioterapia animal
Massoterapia em cães na fisioterapia animal
Além disso, a massagem aumenta o fluxo sanguíneo local, proporcionando uma melhor oxigenação e também retirada de resíduos metabólicos (aumenta drenagem venosa e linfática ), o que auxilia o retorno à função muscular e assim grande alívio. Este aumento na circulação leva também ao aumento da temperatura local e da elasticidade muscular, acelerando sua recuperação.
Em muitos casos, problemas musculares vêm associados à adesões e contraturas musculares (nódulos) que podem ser mobilizados e desfeitos com sessões de fisioterapia animal com massagem.
Por último,  a massoterapia libera endorfinas, o que confere um efeito relaxante natural à tecnica, além de ser muito prazerosa.
-Hidroterapia
A hidroterapia consiste no uso da água como forma de tratamento, terapia. Para os animais normalmente as formas mais facilmente aplicáveis são a natação e a esteira aquática, porém também existem imersões terapêuticas, duchas, entre outros.
Loba durante sessão de esteira aquática.
hidroterapia cão, hidroesteira cães
Esta técnica promove diversos efeitos benéficos nos animais, desde fisiológicos até  psicológicos. Tendo em vista que na água reduz-se o peso do animal e o impacto do exercício, obtém-se as vantagens desta terapia.
A terapia na água promove aumento na circulação, diminuição da dor, aumento da flexibilidade e mobilidade, fortalecimento de tônus muscular e ainda um grande incremento no equilíbrio, coordenação e manutenção de postura. Um animal paralisado dos membros posteriores, por exemplo, na água ganharia mobilidade e possibilidade de realizar diversos exercícios que em solo seriam impossíveis ou teriam um alto grau de dificuldade. Além disso, a água também funciona como um ótimo estímulo sensorial e proprioceptivo, e que complementa perfeitamente a terapia de nosso paciente.
A água aquecida, promove o relaxamento muscular e aumento de circulação, ajudando muito em contraturas, alívio de dor e relaxamento geral do animal.
O exercício na água também permite a correção de posturas inadequadas, uso de membros atrofiados e fortalecimento muscular sem impacto em articulações.
natação-fisioterapia-veterinaria-com-qualidade-fisioanimal
Natação assistida no trabalho de fisioterapia na água.
Os efeitos psicológicos não podem ser descartados. O próprio alívio da dor já promove o bem estar e melhoria da qualidade de vida, mas com certeza a mobilidade que o animal ganha na água faz com que adquira a confiança e a independência muitas vezes necessária para voltar a andar. Em muitos casos, o animal tem medo de apoiar uma pata por trauma psicológico com a mesma, e na água perde este medo apoiando espontaneamente.
Por fim, a hidroterapia pode ser usada como um artifício para promover o emagrecimento e fitness do animal. A perda de calorias é considerável,  um programa de emagrecimento e fortalecimento tem grandes avanços utilizando-se a água.
-Crioterapia
Crioterapia é o uso de gelo( ou resfriamento controlado) como um agente para auxiliar no controle da inflamação, dor entre outros. O gelo é  eficaz e recomendado no tratamento de lesões músculo-esqueléticas agudas.O objetivo principal é a minimização de sequelas relacionadas à lesão como dor, edema, hemorragia, espasmos musculares e reduzir a injúria secundária.
-Bandagens Funcionais
Auxiliam o animal durante a reabilitação e são usadas durante e depois da fisioterapia. Podem ser usadas em reabilitações ortopédicas e neurológicas, facilitando a movimentação e a realização dos exercícios terapêuticos, reduzindo o tempo de recuperação dos animais.
bandagem funcional fisioterapia veterinaria barney- hernia de disco- fisioanimal)
bandagem funcional fisioterapia veterinaria barney- hernia de disco- fisioanimal)
ACUPUNTURA ( Texto pela Dra Thiana Tanaka, Médica Veterinária Acupunturista Fisioanimal)
EletroAcupuntura em cães e gatos
Acupuntura em cães e gatos
A Acupuntura é o método terapêutico da Medicina Tradicional Chinesa mais conhecido no ocidente, que visa a restauração e a manutenção da saúde, através do equilíbrio energético do organismo.
Consiste no estímulo de  pontos determinados do corpo, os acupontos, através da inserção de finas agulhas de aço inox ou através de outras técnicas de estímulo. A Medicina Tradicional Chinesa e a Medicina Alopática (Ocidental) NÃO são incompatíveis, podem e devem ser associadas visando à obtenção de melhores resultados.
A associação da Medicina Tradicional Chinesa e Homeopatia, pode ser feita de forma sinérgica acelerando o processo de recuperação do paciente.
Principais Indicações:
  • Distúrbios Musculares, Tendinosos, Articulares e Esqueléticos (Ex: dores lombares e cervicais, hérnias de disco, osteoartrite, displasia coxo-femoral, claudicação em geral, tendinite, dor ciática, lesões ligamentares)
  • Distúrbios Neurológicos (Ex: seqüelas de cinomose, epilepsia, paralisias faciais, paralisias centrais e periféricas, paresias subseqüente de isquemias cerebrais, neuropatias periféricas com déficit motor ou alterações sensitivas)
  • Distúrbios Funcionais (Ex: problemas cardíacos e circulatórios, insuficiência renal e hepática, incontinência urinária e fecal, alterações metabólicas)
  • Sistema Respiratório
  • Dermatopatias
  • Imuno-estimulação
  • Pós operatório

22 de fevereiro de 2015

TUDO SOBRE PULGAS! como conhecer, tratar e prevenir

As pulgas são um dos maiores pesadelos que assombram os donos de cães e gatos.
Principalmente nos meses mais quentes, como no Verão, conseguem infestar rapidamente um animal e a casa inteira onde ele vive. Não é por acaso que a pulga é “apenas” o parasita externo mais comum que existe em cães e gatos.
Apesar de ser uma praga mais antiga que o próprio ser humano, muitas pessoas com animais de estimação não sabem como eliminar as pulgas de forma segura e eficaz. Existe uma vasta gama de produtos destinados a eliminar pulgas, mas só funcionam quando bem escolhidos tendo em conta o animal, o ambiente e as diferentes etapas da infestação. Uma má escolha do produto pode inclusive colocar em risco a saúde do seu amigo, pelo que não deve descuidar este assunto.
Mas então, o que é preciso fazer para conseguir acabar com as pulgas?
Neste artigo, vamos indicar-lhe quais as melhores soluções para o conseguir, mas primeiro, precisa de “conhecer o inimigo”: o que são pulgas, os seus hábitos, ciclo de vida e como se propagam no seu animal e na sua casa. Aconselhamos a ler o artigo completo – infelizmente não existem atalhos rápidos ou soluções instantâneas, masquanto melhor você conhecer as pulgas, melhor as conseguirá eliminar e prevenir que reapareçam.

O que são pulgas?

Pulgas em gato
As pulgas são insectos que gostam de temperaturas quentes, humidade e que se alimentam do sangue (hematófagos) de animais com sangue quente, especialmente cães, gatos, coelhos, esquilos, guaxinins, ratos e sim, seres humanos. Apesar de poderem parecer todas iguais – castanhas escuras e do tamanho da cabeça de um alfinete – já foram descritas mais de duas mil espécies de pulgas em todo o mundo.

Uma das principais características das pulgas é a sua enorme capacidade de salto: conseguem catapultar-se até cerca de 200 vezes o seu próprio tamanho. Quando encontra uma pulga e a tenta apanhar, o salto é a sua arma de defesa para escapar.
Uma pulga pode viver até um ano (ou mais em determinadas condições) e, no caso das fêmeas, pôr mais de dois mil ovos durante a sua vida. Não admira que o número de pulgas numa infestação aumente tão rapidamente.

Como se transmitem e propagam?

As pulgas transmitem-se através do contacto com animais infectados ou com ambientes onde elas estejam presentes. As pulgas que parasitam cães e gatos não estão relacionadas com qualquer tipo de classe social ou condições de higiene, pois basta passear com o seu cão num jardim onde tenha passado anteriormente outro animal com pulgas, para as poder trazer para casa.
Uma vez em casa, basta uma pulga fêmea colocar ovos para dar início à infestação.
Ciclo de vida das pulgas
Os ovos caem do pêlo do seu animal e ficam instalados em frestas de soalho, carpetes, a cama do animal, o seu jardim (se for o caso), ou outros locais menos acessíveis. Estes ovos desenvolvem-se e deles nascem larvas, que se deslocam para locais quentes ao abrigo da luz, sendo as frestas dos soalhos os seus locais de eleição.
As larvas vão-se alimentando da matéria orgânica que encontram pelo chão, principalmente no pó. Estas larvas evoluem para um casulo, onde aguardam condições favoráveis para eclodir. Basta pressentirem um ligeiro aumento de temperatura, ou a respiração (dióxido de carbono) de um animal, para eclodirem em pulgas adultas.
Como o ciclo de vida das pulgas – desde o ovo à pulga adulta – está dependente das condições que encontra no meio, a limpeza e desinfecção da casa é um dos passos mais importantes para as eliminar. Já lá vamos.

Quais os perigos das pulgas para a saúde?

As pulgas não são simplesmente parasitas incómodos. Podem mesmo causar doenças e transmitir parasitas internos:
  • A saliva que a pulga injecta para melhor sugar o sangue, pode provocar irritação, eczemas e outras doenças cutâneas, como a DAPP (Dermatite Alérgica à Picada da Pulga);
  • Se o número de pulgas for elevado, o animal pode ficar anémico devido à quantidade de sangue perdida;
  • As pulgas podem transmitir parasitas internos como é o caso do verme intestinal Dipylidium caninum, que além de infectar o intestino dos cães e dos gatos, também é transmitido a seres humanos, em especial crianças;
  • O constante desassossego do animal, em stress com a comichão incessante, pode levar o animal a comer menos, tornar-se deprimido e até agressivo, dependendo da sua personalidade.
Como eliminar as pulgas:
Como eliminar as pulgas
Um dos erros que as pessoas frequentemente cometem ao tentar eliminar as pulgas, é só desparasitarem os seus animais.
A verdade é que quando encontra uma pulga no pêlo do seu animal, isso significa muito provavelmente que a sua casa já terá uma infestação em curso, em particular de ovos e larvas. Dizem as estimativas que os animais possuem apenas entre 5 a 10% das pulgas presentes em casa.
Portanto vamos começar a desinfestação por eliminar as pulgas do ambiente / casa.

Em casa

Eliminar pulgas dentro de casa
  • Aspire tudo o que for possível: chão (principalmente frinchas), carpetes, móveis (por baixo e nos cantos), caixas de transporte, tapetes, almofadas, sofás, porão (se for o caso), etc;
  • Tenha especial atenção em zonas mais húmidas e que não estejam muito expostas à luz do Sol, pois é onde as larvas se refugiam até se tornarem pulgas adultas;
  • Quando terminar de aspirar, coloque o saco do aspirador dentro de outro saco ou recipiente isolado (para evitar fuga de pulgas) e deposite-o fora de casa no ponto de recolha de lixo habitual;
  • Lave toda a roupa em que o animal tenha estado em contacto, em especial das camas (a dele e a sua), com água bem quente;
  • Note que a eliminação das pulgas pode demorar um par de semanas ou mesmo um mês, pelo que as lavagens e aspirações devem ser repetidas com frequência até que não existam quaisquer pulgas no ambiente;
  • Se for uma infestação mais grave, poderá ter de recorrer a um insecticida antipulgas em casa, sendo mais recomendado o Biokill. Caso escolha outro produto, tenha muita atenção aos rótulos para se certificar que não corre o risco de intoxicação de pessoas e animais;
  • Em casos de gravidade extrema, recorrer aos serviços de uma empresa de desinfestação poderá ser necessário.
Nos animais
Antipulgas para cães e gatos
A desparasitação nos animais deve começar após ter feito a primeira aspiração e limpeza em casa. Todos os cães e gatos em casa devem ser tratados, mesmo que acredite que apenas um deles está com pulgas.
Tenha atenção que alguns antipulgas para cães, como o Advantix e o Pulvex, são altamente tóxicos para gatos. Os gatos são particularmente sensíveis a certas substâncias e facilmente intoxicáveis.
Certifique-se que o produto que vai utilizar é 1) de uso veterinário e 2) indicado para o animal que pretende desparasitar. Consulte primeiro o seu veterinário para dissipar qualquer dúvida.

Os melhores produtos antipulgas para cães e gatos

Apesar de existirem diversos tipos de produtos, não aconselhamos o uso de sabonetes ou champôs antipulgas (salvo recomendação do seu veterinário), devido ao fraco efeito residual assim que é enxaguado e por alguns riscos associados a animais idosos ou debilitados. Tenha também especial cuidado com talcos antipulgas ou outros venenos insecticidas, pois podem ser tóxicos para os animais e criar problemas sérios, inclusivamente fatais.
De seguida deixamos-lhe uma breve apresentação dos produtos antipulgas mais seguros e recomendados:
Advantage para gatos e cães

Advantage

Cães: Sim
Gatos: Sim
Tipo: Pipeta
Eficaz contra: Pulgas (adultas e larvas) e piolhos
Saber mais: BayerVet
Frontline para gatos e cães

Frontline

Cães: Sim
Gatos: Sim
Tipo: Pipeta
Eficaz contra: Pulgas (adultas, larvas e ovos), carraças e piolhos
Saber mais: Frontline 
Program para cães

Program

Cães: Sim
Gatos: Sim (Program S7)
Tipo: Comprimidos, ampolas ou injetáveis
Eficaz contra: Pulgas (apenas larvas e ovos)
Saber mais: Novartis
Advantix para cães

Advantix

Cães: Sim
Gatos: Não
Tipo: Pipeta
Eficaz contra: Pulgas (adultas e larvas) e carraças
Saber mais: BayerVet
Pulvex para cães

Pulvex

Cães: Sim
Gatos: Não
Tipo: Pipeta
Eficaz contra: Pulgas (adultas), carraças, piolhos e mosquitos
Saber mais: Pulvex Spot-On
Coleira Scalibor para cães

Scalibor

Cães: Sim
Gatos: Não
Tipo: Coleira
Eficaz contra: Pulgas (adultas), carraças e mosquitos (previne algumas doenças nos cães como a Leishmaniose)
Saber mais: Scalibor 

Como prevenir o reaparecimento das pulgas?

Evitar reaparecimento das pulgas
Após eliminar com sucesso as pulgas do seu animal e da sua casa, deve adotar medidas preventivas para que estas não reapareçam. Como em muitos problemas, a prevenção é o melhor remédio.
Existem algumas dicas práticas que pode aplicar, para evitar que as pulgas voltem a entrar em sua casa. Nomeadamente:
  • Manter o ambiente limpo e arejado, evitando a humidade excessiva;
  • Aspirar frequentemente a casa e ter especial atenção a cestas e roupas em contacto com os animais (como as camas deles);
  • Encerar os soalhos, pois a cera é tóxica para as pulgas;
  • No jardim / exterior, pode aplicar produtos biodegradáveis contra pulgas.
Quanto ao seu animal, certifique-se de que lhe dá banho frequentemente (nos cães,menos frequente nos gatos) e de que não entra em contacto com outros animais que possam ter pulgas.

Caso tenha dúvidas sobre qual o produto mais aconselhável para o seu animal, ou se o seu animal foi afectado por outros problemas associados a uma infestação de pulgas (como alergias e parasitas internos), deve consultar o veterinário assistente, que saberá qual a melhor estratégia a adoptar.