24 de maio de 2015

Coprofagia - ingestão de fezes

É muito comum a existência de queixas relacionadas com cães que comem fezes. A este comportamento chama-se coprofagia.
Varias são as hipóteses sugeridas como causas da coprofagia, no entanto não há respostas definitivas. Alguns autores sugerem que a causa deste problema seja a grande variedade das situações que predispõem um animal a este comportamento. Sugerimos a leitura de "The dog who loved too Much de Nicholas Dodman" visto possuir um capítulo dedicado a este tema que pode ser facilmente consultado pelos donos. Infelizmente ao que saibamos não se encontra traduzia para português.

Causas metabólicas

Os  Cães que comem fezes de outras espécies animais podem fazê-lo por questões nutritivas, palatáveis e, por causarem poucos problemas, representarem um petisco apreciado pelo cão. Comer fezes pode não ser repugnante para o cão e pode representar uma fonte de alimento a mais ou ser apetitosa para o cão. 
 Fome causada por má nutrição do animal, encontrando-se associada nas fêmeas a uma alimentação insuficiente para nutrir as crias.
 Recurso a uma dieta excessivamente  ricas em hidratos de carbono e fibras.
 Deficiência de enzimas digestivas (enzimas pancreáticas). 
 Parasitoses  
 Pancreatite crónica.
As situações acima referidas são diagnosticadas pelo seu medico veterinário.

Causas comportamentais

As cadelas que tiveram crias consomem as fezes dos filhotes por carência alimentar de forma a suprir as faltas derivadas de uma alimentação incorrecta.
Ansiedade devido a conflito ambiental. Stress ambiental pode contribuir com vários comportamentos redirecionados incluindo coprofagia.) 
O cão pode ter sido condicionado a ingerir fezes para receber atenção do dono. O comportamento pode ter sido reforçado pela reacção emocional deste e que significou ganho de atenção.
Ansiedade de separação. Cães deixados em casa sem companhia por um longo período de tempo acabam por exibir este comportamento.
Hábito criado por razões comportamentais. Cães confinados em espaços fechado ou submetidos por trela  são mais aptos a desenvolverem coprofagia do que aqueles que estão em companhia humana na maior parte do tempo. 



Deverá sempre contactar o seu médico-veterinário assistente para a resolução da situação.

19 de maio de 2015

Dragão Barbudo

O Dragão Barbudo pode-se considerar um animal pequeno tendo em conta as dimensões máximas no mundo dos lagartos. Com 50 a 60 cm, o Dragão Barbudo tem de ser alojado num terrário já com um tamanho considerável: 90 x 50 x 50 cm é o aconselhado para um adulto.

Sociável e bastante expressivo, o Dragão Barbudo torna-se o ideal lagarto de contemplação e talvez um dos melhores em termos de sociabilidade com o dono. Tolera bem o manuseamento e é um animal que interage bastante com o dono, tendo em conta o seu “sangue frio”. É bastante activo no terrário.

Omnívoro, o Dragão Barbudo alimenta-se tanto de insectos como de vegetais, o que faz com que a dieta seja mais complicada de gerir por donos inexperientes. O rácio entre vegetais e insectos varia ao longo da vida e deve-se tentar implementar um plano alimentar diversificado. O Dragão Barbudo é um animal que se encontra facilmente à venda. 


Vantagens

Apesar de exigir alguns conhecimentos que podem ser de difícil absorção para os iniciantes, a alimentação diversificada do Dragão Barbudo pode tornar-se uma mais valia. O facto da sua dieta não ser composta apenas por alimento vivo faz com que parte da sua dieta, os alimentos verdes, sejam de fácil acesso para o dono.


Desvantagens

O alojamento do Dragão Barbudo exige um terrário maior do que no caso do Gecko Leopardo. Para além disso, por ser um animal diurno, é necessário comprar todo o equipamento de iluminação necessário (lâmpadas) para simular a luz do sol.

10 de maio de 2015

Paracetamol em gatos é tóxico

Gatos e paracetamol não são a melhor combinação!
É importante ter a noção de que grande parte dos medicamentos usados em medicina humana não devem ser administrados a cães e gatos por duas razões principais: o tamanho dos nossos animais é muito inferior ao de um humano, logo a sobredosagem é frequente e, mais importante ainda, é o facto de muitos medicamentos sofrerem uma metabolização diferente podendo daí resultar substâncias tóxicas e potencialmente letais.
O princípio activo do Ben-U-Ron (acetaminofeno ou paracetamol) é muito tóxico para os animais e principalmente para os GATOS, causando:
- Falha hepática grave;
- Hemólise (destruição dos glóbulos vermelhos);
- Formação de corpos de Heinz - alterações nos glóbulos vermelhos que fazem com que estes sejam reconhecidos como células estranhas ao organismo;
- Formação de metahemoglobina que impede o organismo de receber oxigénio e causa dificuldades respiratórias severas.~
Os sintomas de intoxicação por acetaminofeno podem incluir: vómitos, prostração, dificuldades respiratórias, fraqueza, mucosas cianóticas (azuladas), salivação excessiva, edema da face e dos membros, convulsões e, em casos muito graves, coma e morte.
O diagnóstico e o tratamento precoces são de importância vital pelo que se administrou Ben-U-Ron ao seu animal ou se suspeita que ele possa ter ingerido, dirija-se o mais rapidamente possível ao seu médico veterinário.
O tratamento inclui:
- Hospitalização para soroterapia e suporte de oxigénio;
- Indução do vómito se a ingestão ocorreu há menos de 4 horas;
- Fármacos que diminuam a absorção gástrica do tóxico;
- Antídoto: acetilcisteína;
- Protetores do estômago.
O prognóstico depende da quantidade de tóxico ingerida e do tempo entre a ingestão e o início do tratamento.
NUNCA ADMINISTRE BEN-U-RON AO SEU GATO! 

3 de maio de 2015

Porque é que os cães lambem os donos?

A língua do cão é um instrumento com várias utilidades e através dela o cão consegue perceber várias coisas. A maioria das pessoas pensa que os cães lambem apenas para demonstrar afecto, carinho e amor pelo seu dono o que nem sempre está correto. Este comportamento remonta ao antepassado dos lobos onde este gesto servia para saber quem pertencia à matilha dado que as mães lambiam os seus filhos para os identificar.
Para além do afecto as lambidelas podem também significar submissão. Um dos especialistas em comportamento animal, Alexandre Rossi defende que quando os animais lambem perto do queixo ou da boca do dono está relacionado com submissão. Faz parte também das suas afirmações e defesas que quando um cão bebé lambe perto do queixo da mãe está a pedir que esta regurgite comida depois de caçar. Com os donos é igual. Este gesto mostra que o cão vê o dono como um líder, pai ou mãe.
A língua ajuda ainda na captação de sinais de outros cães. Na rua muitas vezes os cães têm tendência para lamber o xixi dos outros. Isto não quer dizer que ele seja sujo, ele apenas está a reconhecer quem esteve naquele sítio.
 Lambidelas em excesso
As lambidelas em excesso podem ser uma forma de chamar a atenção. Se sempre que o cão nos lamber nós retribuirmos atenção, ele utilizará este gesto para ser notado. Para travar este comportamento podemos virar costas e ignorar o cão.
Caso o cão se lamba em excesso num local, isto poderá significar um problema de saúde como por exemplo doenças de pele, neurológicas ou hormonais e neste caso deverá levá-lo ao veterinário